Cadernos de Ciência – formato pdf – O INFINITO “Une façon de parler”?

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Este texto pode considerar-se como sendo de filosofia da matemática, mas pretende ser simples, de divulgação e acessível, pelo menos em grande parte, a não “especialistas”. A tese central é que a linguagem natural usada para falar da Matemática, dos seus conceitos e resultados, mesmo em contextos técnicos (quer orais, quer escritos) é fundamental na própria construção e sedimentação de muitas das ideias e noções que a constituem.(…) a linguagem natural cria, através do seu uso e repetições, certos revestimentos semânticos das ideias matemáticas, que estão para além dos sentidos que os formalismos só por si permitiriam determinar, mas que se constituem como sua parte integrante. A visão que cada um de nós tem da matemática contém como parte importante esses “segundos sentidos” que associamos a certos resultados matemáticos, ou mesmo teorias, e que como os planos de fundo numa paisagem, moldam a perspectiva que deles temos, em particular a profundidade do seu alcance. (…) O que faremos aqui, para ilustrar e explicar a tese, é analisar um pouco uma noção que não é exclusivamente matemática e que há muito é reconhecida como uma das grandes perplexidades da mente humana: a noção de infinito.(…) Apesar de poder ser visto como um texto de filosofia da matemática, uma motivação essencial para a sua escrita foi a nossa convicção de que abordar questões desta disciplina é também uma forma de aprender matemática e de desenvolver uma visão mais abrangente e integrada das suas múltiplas paisagens. (…) esperamos que o leitor possa enriquecer a sua visão e conhecimentos matemáticos, em especial através da abordagem – que tentámos tornar acessível – a certos resultados menos conhecidos, em particular no domínio da lógica e fundamentos, incluindo uma ideia já com grande divulgação fora da comunidade matemática e que aparece aí como bastante provocadora: em que sentido, ou sentidos, em matemática se diz que há diferentes infinitos, infinitos de “vários tamanhos”.
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de EDUARDO FRANCISCO RÊGO

 

Este texto pode considerar-se como sendo de filosofia da matemática, mas pretende ser simples, de divulgação e acessível, pelo menos em grande parte, a não “especialistas”. A tese central é que a linguagem natural usada para falar da Matemática, dos seus conceitos e resultados, mesmo em contextos técnicos (quer orais, quer escritos) é fundamental na própria construção e sedimentação de muitas das ideias e noções que a constituem.(…) a linguagem natural cria, através do seu uso e repetições, certos revestimentos semânticos das ideias matemáticas, que estão para além dos sentidos que os formalismos só por si permitiriam determinar, mas que se constituem como sua parte integrante. A visão que cada um de nós tem da matemática contém como parte importante esses “segundos sentidos” que associamos a certos resultados matemáticos, ou mesmo teorias, e que como os planos de fundo numa paisagem, moldam a perspectiva que deles temos, em particular a profundidade do seu alcance. (…) O que faremos aqui, para ilustrar e explicar a tese, é analisar um pouco uma noção que não é exclusivamente matemática e que há muito é reconhecida como uma das grandes perplexidades da mente humana: a noção de infinito.(…) Apesar de poder ser visto como um texto de filosofia da matemática, uma motivação essencial para a sua escrita foi a nossa convicção de que abordar questões desta disciplina é também uma forma de aprender matemática e de desenvolver uma visão mais abrangente e integrada das suas múltiplas paisagens. (…) esperamos que o leitor possa enriquecer a sua visão e conhecimentos matemáticos, em especial através da abordagem – que tentámos tornar acessível – a certos resultados menos conhecidos, em particular no domínio da lógica e fundamentos, incluindo uma ideia já com grande divulgação fora da comunidade matemática e que aparece aí como bastante provocadora: em que sentido, ou sentidos, em matemática se diz que há diferentes infinitos, infinitos de “vários tamanhos”.

 

Biografia do autor

 

Eduardo Francisco Rêgo é professor aposentado do Departamento de Matemática da FCUP, onde se licenciou em Matemática Pura. Obteve os graus de M.Sc. e Ph.D. em Matemática pela Universidade de Warwick, Inglaterra. A sua área de formação pós-graduada e investigação é a Topologia com foco na topologia geométrica, variedades de dimensão 3, teoria de homotopia e espaços contrácteis.

 

Nos últimos dezoito anos tem-se dedicado primordialmente ao estudo de Filosofia — durante vários anos como membro do Instituto de Filosofia da FLUP, a quem está profundamente reconhecido pelo privilégio dessa imersão em ambiente profissional — naturalmente centrado em Filosofia da Matemática e com foco especial nos assuntos matemáticos mais directamente ligados à Lógica e Fundamentos.

 

Ano de edição:  2023

 

Dimensões: pdf

 

Páginas: 76

 

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